O desmaio é uma perda completa da consciência que acontece de repente, acompanhada de incapacidade de manter-se em pé. É o famoso “apagão”.A recuperação deve ser rápida e completa, habitualmente em poucos minutos. Ou seja, o desmaio é uma perda de consciência transitória! Se a pessoa não “acordar” em alguns segundos ou poucos minutos, é importante chamar por socorro médico imediatamente.Estima-se que 1 em cada 4 adultos (25%) já tenha tido desmaio, sendo mais frequente abaixo de 30 anos de idade e acima de 65 anos. Ocorre por diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro e, na maior parte dos casos, a causa é benigna.

Gatilhos ou fatores desencadeantes

É importante tentarmos identificar um motivo que leva ao desmaio. Os mais frequentes na prática clínica são situações desconfortáveis como dor, ambiente quente e abafado, coleta de sangue com agulha, medo, estresse, posição de pé por tempo prolongado, entre outros.O desmaio que acontece durante uma atividade física necessita de ampla investigação por estar relacionada a maior chance de problema cardíaco.

Sintomas

Existem alguns sintomas que podem ocorrer imediatamente antes do desmaio. São eles: suor frio, palidez, tontura, visão turva, náusea e sensação de fraqueza.Durante esses sintomas, o desmaio ainda pode ser evitado, colocando a pessoa em posição deitada com as pernas elevadas. Outros desmaios acontecem de forma súbita, sem sintomas prévios. Nestes casos, há maior risco de queda e traumatismos.Abalos musculares durante o desmaio podem simular uma convulsão e sugerir erradamente um problema neurológico.

Causas

As principais causas de desmaio são os reflexos mediados pelo sistema nervoso (neuromediadas), que levam à queda da pressão arterial ou dos batimentos cardíacos. Entre eles, estão a síncope vasovagal, a hipersensibilidade do seio carotídeo e a síncope situacional.A hipotensão postural é extremamente comum em idosos. Nesse caso, ocorre uma queda abrupta da pressão arterial após uma rápida mudança da posição deitada ou sentada para a posição de pé.Outras causas mais graves de desmaio são: – Bloqueios cardíacos com frequencia cardíaca baixa – Arritmias cardíacas aceleradas (taquicardias) – Alterações na estrutura do coração como estreitamento da válvula aórtica e hipertrofia do músculo cardíaco.

Diagnóstico

Diversos exames auxiliam na identificação das causas de desmaio. Frequentemente, o diagnóstico correto tranquiliza o paciente e familiares, além de educar sobre como evitar novos episódios.Toda pessoa que sofreu um desmaio necessita de avaliação especializada e a participação da pessoa que acompanhou o desmaio é fundamental na consulta médica. O cardiologista especializado no tratamento de arritmias cardíacas é o médico mais indicado para avaliar os casos de desmaio.Exames cardiológicos de fácil acesso como o eletrocardiograma, o holter de 24 horas, o ecocardiograma e o teste ergométrico avaliam com eficácia as condições cardiológicas mais prevalentes que levam aos desmaios.Casos específicos necessitam de investigação adicional com o Tilt Test ou teste de inclinação, exame no qual o paciente é colocado em uma posição quase em pé durante 20 a 40 minutos com monitorização da pressão arterial e dos batimentos cardíacos.O estudo eletrofisiológico avalia a parte elétrica do coração através de cateteres e finaliza a investigação de pacientes com maior risco ou com diagnóstico indefinido.

Tratamento

Saiba como ajudar: caso perceba que a pessoa ao seu lado apresenta sinais que irá desmaiar, procure apoiá-la para que não caia ao chão. Ajude-a a deitar com a cabeça virada de lado e levante um pouco os pés. Quando recobrar a consciência, deixe ficar alguns minutos sentada antes de se levantar, até estar completamente recuperada.Casos benignos ocasionados por reflexo vagal respondem muito bem a adequada conscientização, hidratação e fortalecimento da musculatura da perna. O uso de meia elástica e medicações se faz necessário em alguns pacientes.Problemas cardíacos são tratados conforme sua origem. O implante de marcapasso corrige completamente desmaios provocados por batimentos cardíacos lentos e o desfibrilador cardíaco é indicado para arritmias aceleradas com risco à vida.
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