Quando o coração dispara sem motivo aparente

Sentir o coração acelerar de repente, batendo forte ou fora do ritmo, é um dos sintomas que mais preocupam os pacientes — e com razão. Esses episódios podem durar segundos ou minutos, e em alguns casos vêm acompanhados de falta de ar, tontura ou sensação de desmaio. A esse tipo de alteração damos o nome de taquicardia, que significa batimento cardíaco mais rápido do que o normal. Na maioria das vezes, é uma arritmia elétrica do coração — um problema no sistema que controla o ritmo dos batimentos. Nem toda taquicardia é perigosa, mas todas merecem ser investigadas.

O que é uma
taquicardia

O coração de um adulto em repouso costuma bater entre 50 e 100 vezes por minuto.
Chamamos de taquicardia quando essa frequência ultrapassa 100 batimentos por minuto de forma mantida e não relacionada a esforço físico, febre ou ansiedade momentânea.

Esses episódios acontecem porque os impulsos elétricos do coração passam a circular de maneira anormal, acelerando os batimentos.
Dependendo de onde esse impulso se origina, a taquicardia pode ser:

Supraventricular – quando surge nas câmaras superiores (átrios).

Ventricular – quando se origina nos ventrículos, sendo geralmente mais grave.

Tipos de taquicardia supraventricular

As taquicardias supraventriculares (TSV) são as formas mais comuns de arritmia rápida. Aparecem em pessoas saudáveis e, muitas vezes, de forma súbita e imprevisível.
Entre os principais tipos estão:

Taquicardia por reentrada nodal (TRN)

Ocorre por um curto-circuito elétrico no nó AV.

Taquicardia por via acessória (como a síndrome de Wolff-Parkinson-White)

Causada por uma conexão elétrica extra entre os átrios e ventrículos.

Taquicardia atrial

Originada em focos elétricos anormais nos átrios.

Flutter atrial

Quando os átrios passam a contrair rapidamente de forma organizada.

Fibrilação atrial

Quando os átrios tremem de maneira desordenada e o coração perde a regularidade do ritmo.

Esses episódios podem gerar palpitações intensas, ansiedade, falta de ar e mal-estar, e muitas vezes começam e terminam abruptamente. Apesar de assustarem, são curáveis na maioria dos casos com o tratamento adequado.

Sintomas mais comuns

Coração acelerado ou “batendo no pescoço”

Sensação de falta de ar

Tontura ou visão turva

Dor ou pressão no peito

Cansaço repentino

Desmaios ou quase-desmaios

Taquicardias ventriculares: quando o risco é maior

As taquicardias ventriculares (TV) se originam nas câmaras inferiores do coração e costumam ocorrer em pacientes que têm doença cardíaca prévia, como infarto, insuficiência cardíaca ou cardiomiopatia.
Essas arritmias podem ser potencialmente graves, pois interferem na capacidade do coração de bombear sangue e, em alguns casos, evoluem para fibrilação ventricular, uma arritmia que pode causar parada cardíaca.
Por isso, qualquer suspeita de taquicardia ventricular deve ser investigada com urgência por um cardiologista eletrofisiologista.

Em alguns casos, o paciente percebe apenas batimentos rápidos e irregulares — e só descobre a causa após exames específicos.

Diagnóstico

O primeiro passo é identificar o tipo e a origem da taquicardia. Durante a consulta, o especialista avalia o histórico clínico, os sintomas e os fatores desencadeantes.

Os exames mais utilizados incluem:

  • Eletrocardiograma ( ECG) – pode registrar o episódio e mostrar o tipo de taquicardia.
  • Holter de 24h – registra o ritmo cardíaco durante a rotina.
  • Ecocardiograma – avalia a estrutura e a função do coração.
  • Estudo eletrofisiológico – mapeia o sistema elétrico do coração para identificar o foco exato da arritmia.
  • O diagnóstico preciso é o que permite definir o melhor tratamento e o real risco do paciente.

    Sintomas que podem ocorrer

    Os sintomas variam conforme o tipo e a gravidade do bloqueio:

    Cansaço ou
    falta de energia

    Tontura ou sensação de desmaio

    Batimentos lentos (bradicardia)

    Palpitações ou pausas

    Desmaios recorrentes

    Em muitos pacientes, o bloqueio é descoberto por acaso, em um exame de rotina. Mas se houver desmaios,
    tontura ou batimentos muito lentos, é importante procurar avaliação imediata.

    Tratamento das taquicardias supraventriculares

    As taquicardias supraventriculares podem ser controladas com medicações específicas, mas o tratamento curativo é a ablação por cateter.

    A ablação é um procedimento minimamente invasivo, realizado com cateteres introduzidos por veias da perna.

    Durante o exame, o eletrofisiologista localiza o foco elétrico responsável pela taquicardia e o elimina com energia controlada (radiofrequência ou crioenergia).

    Em mais de 90% dos casos, a ablação cura definitivamente a arritmia, devolvendo o ritmo normal do coração sem necessidade de remédios contínuos.

    Tratamento das taquicardias ventriculares

    As taquicardias ventriculares exigem uma abordagem mais cautelosa, pois podem comprometer a circulação e causar paradas cardíacas súbitas.

    O tratamento depende da causa e pode incluir:

    O desfibrilador é indicado para pacientes com risco elevado de morte súbita ou episódios recorrentes de taquicardia ventricular. Ele monitora continuamente o coração e atua de forma imediata para restaurar o ritmo normal.

    Quando procurar o especialista

    Procure avaliação médica se você apresenta:

    Esses sinais indicam a necessidade de uma avaliação detalhada com um cardiologista eletrofisiologista, o especialista em diagnosticar e tratar taquicardias e outras arritmias.

    Conclusão

    As taquicardias podem variar de episódios leves e benignos até arritmias graves que exigem tratamento imediato. Com o diagnóstico certo, é possível controlar os sintomas, eliminar a arritmia e prevenir complicações sérias.

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    A detecção precoce e o tratamento das arritmias cardíacas, muitas vezes silenciosas, evitam complicações e salvam vidas.

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    Internações, exames e cirurgias

    Dr. Glauco Bonato

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    Médico Cardiologista e Eletrofisiologista em Juiz de Fora

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